Toni Tornado - reedição oficial pela Mad About Records

Álbum lendário de Soul Funk de 1972. Uma obra-prima da cena Black Rio, reeditada pela primeira vez em vinil pela Mad About Records!
Filho de pai guianense e mãe brasileira, aos 11 anos, Tony fugiu de casa e acabou no Rio de Janeiro, onde se tornou um garoto de rua,  ganhando a vida a vender amendoins e a engraxar sapatos.
Aos 18 anos, serviu na Escola de Paraquedismo Deodoro, juntamente com o futuro apresentador de TV e empresário Silvio Santos. Em 1957,  combateu no Canal de Suez.


Tony iniciou a sua carreira artística nos anos 60 com o nome artístico Tony Checker, fazendo playback e dançando no show "Hoje é dia de Rock" de Jair Taumaturgo. Naquela época, Tony imitava os cantores Chubby Checker e Little Richard. Ainda nos anos 60, viajou para os Estados Unidos, onde viveu por cinco anos em Nova York.
Em Nova York, Tony foi traficante de drogas e chulo mas para enganar o departamento de imigração, fingia ser empregado numa lavadora de carros. Nessa altura, Tony conheceu outro brasileiro que também morava em Nova York, o cantor Tim Maia.
De volta ao Brasil em 1969, trabalhou no grupo de Ed Lincoln e também cantou à noite com o pseudônimo de Johnny Bradfort - o dono do clube obrigou-o a fingir ser estrangeiro.

Em 1970, adoptou o nome com que veio a ser conhecido, "Tony Tornado". Influenciado por James Brown, Tony foi um dos artistas que introduziu Soul music e Funk na música brasileira.

Nesse mesmo ano, ao lado do Trio Ternura defendeu a música BR-3, que conquistou o primeiro lugar no festival da canção do Brasil. O seu primeiro papel na televisão foi em 1972, na telenovela "Jerônimo", na TV Tupi.


James Brown lançou "I'm Black and I'm Proud" durante o auge do Black Power Movement nos Estados Unidos, em 1968. A abordagem directa de Brown ao orgulho racial ressoou nos guetos dos EUA, assim como nas favelas.  Muitos negros, em todo o mundo, abraçaram a banda sonora e a consciência do Black Power. Os cariocas negros da classe trabalhadora da Zona Norte começaram a usar as frases em inglês "Black Power", "brother" e "black is beautiful". Eles tocavam álbuns de Soul afro-americanos nos seus bailes (danças) e incorporaram as letras e sons nas suas músicas.
Maia, o padrinho da Soul music brasileira, passou cinco anos nos Estados Unidos. Lá conheceu os sons da América negra intimamente. Quando voltou ao Brasil em 1964, Maia incorporou as influências Soul e Funk nas suas canções. Na década de 1970, outros músicos brasileiros, como Tony Tornado, Banda Black Rio, Cassiano, Gerson King Combo, Jorge Ben Jor e Gilberto Gil, começaram a fazer discos de Soul. Os DJs começaram a fazer festas só de Soul. Essa nova música falava de uma experiência - universal e única ao mesmo tempo. O período de tempo ficou conhecido como "Black Rio. No final dos anos 70, o Funk e a Disco tomaram o lugar onde a Soul parou, mas foi esta última que ajudou a moldar uma geração de artistas em torno de uma identidade negra universal.



Esta reedição é limitada a 500 cópias e, mais uma vez, comprova o trabalho de excelência feito pela Mad About Records!

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